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Fome emocional: compreender e combater

Chega a casa com vontade de comer o pacote de batatas fritas ou bolachas inteiro? Sente que “precisa” de encomendar pizza para o jantar? Tem a necessidade de comer sempre algo doce em momentos específicos do dia? Então este artigo é para si!

Quando sentimos subitamente vontade de comer alimentos específicos, geralmente doces ou salgados e crocantes, então poderemos estar perante fome emocional. Esta perturbação pode surgir como meio compensatório de situações de stress e ansiedade, ou como forma de consolo, e pode evoluir de algo pontual para transtornos do comportamento alimentar, nomeadamente compulsão alimentar.

As adaptações que ocorrem no nosso organismo perante um estado de ansiedade ou depressão, nomeadamente no que diz respeito a neurotransmissores como a serotonina, dopamina e endorfinas, influenciam o nosso comportamento, podendo originar episódios de compulsão, e também alterações de energia, humor, líbido, sono… 

Como combater?

Deixo seis dicas importantes que ajudam no combate à fome emocional:

  1. Em primeiro lugar é fundamental atuar na raiz do problema. De nada serve procurarmos alternativas teoricamente “mais saudáveis” para podermos continuar a manter o nosso problema com menos peso de consciência. Será fundamental encontrar estratégias de gestão de stress, que poderão ser orientadas por um psicólogo. Além disso, a prática de exercício físico regular ajuda nesta mesma gestão de stress.
  2. Garantir um sono adequado no que diz respeito ao número de horas e qualidade.
  3. Otimização da microbiota intestinal, por forma a potenciar a absorção de nutrientes fundamentais à adequada produção energética, e permitir a formação de moléculas essenciais ao bem-estar geral e controlo da fome.
  4. Aumentar a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes e com potencial anti-inflamatório, nomeadamente frutas e vegetais variados, o cacau, frutos secos, e peixes ricos em Omega 3 (salmão, sardinha, atum).
  5. Não restringir demasiado os hidratos de carbono.
  6. Promover a produção de serotonina e dopamina, através da ingestão de alimentos ricos em ácido fólico, vitamina B6, magnésio, triptofano e L-tirosina, presentes em leguminosas, folhas verde escuras, banana e cacau.

Se o problema da compulsão alimentar for identificado, a estratégia deverá ser multidisciplinar. Sendo em primeiro lugar um problema comportamental, é fundamental a orientação de um psicólogo para promover uma boa gestão de stress.

Ana Rita Silva | Nutricionista