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Exercício físico e saúde mental

O exercício físico e a saúde mental andam de mãos dadas, partilhando uma relação estreita na medida em que a prática regular de atividade física, pode ter um impacto muito positivo na nossa saúde quer física, quer psicológica.

Vamos então perceber o porquê desta relação favorável?

São vários os estudos, que demonstram ao longo dos anos, as evidências positivas do exercício físico em patologias do foro físico, tais como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, entre outras.
Mas como pode também a nossa saúde mental beneficiar do exercício físico?

Apesar de ainda existir uma menor consciencialização face ao impacto do exercício físico na saúde mental, a investigação tem vindo a demonstrar que esta relação não pode ser ignorada, demonstrando que:

• Reduz a ansiedade e do stress
• Aumenta a sensação de bem-estar geral e qualidade de vida
• Melhoria ao nível das funções cognitivas
• Diminuição do tempo de reação,
• Aumento dos níveis de atenção,
• Diminuição do estado de confusão mental;
• Diminuição dos sintomas depressivos.

Mas também podem ser parte fundamental no processo de prevenção e tratamento das perturbações mentais, uma vez que o exercício físico afeta diretamente o cérebro, mas como?

• Contribuindo para a manutenção, regeneração e crescimento dos neurónios e neuroplasticidade (capacidade do cérebro se adaptar a diferentes estímulos).
• Memória, aprendizagem e regulação das emoções.
• Aumentando a quantidade de neurotransmissores (serotonina, endorfina, dopamina e a noradrenalina)
• Diminuição da dor;
• Melhoria do estado de humor;
• Maior capacidade para lidar com situações de stress;
• Sensações de bem-estar e de recompensa mais intensas;
• Maior capacidade de perceção, atenção e motivação.
• Ajuda-nos a aceitar novas informações
• Contribui para uma melhor irrigação do cérebro
• Maior aporte de sangue, oxigénio e nutrientes, tornando o cérebro mais funcional e mais protegido

Eis aquilo que já sabemos até aqui: diferentes tipos de exercício ativam diferentes regiões do nosso cérebro.

Vejamos agora alguns exemplos concretos de perturbações e o tipo de treino mais adequado a cada.

Perturbações de ansiedade
A atividade física parece contribuir para a diminuição dos níveis de ansiedade, tensão e irritabilidade, bem como parece impactar ao nível da frequência dos ataques de pânico.
De um modo geral, qualquer exercício físico (aeróbico e anaeróbio) pode ser realizado tendo como objetivo baixar os níveis de ansiedade.
Exemplos práticos de atividade física: Caminhada, corrida, natação, ciclismo, dança, musculação e pilates

Perturbações Depressivas
O exercício físico combinado (aeróbico + anaeróbio) e de resistência, tem mostrado efeitos muito positivos em doentes com perturbação depressiva, diminuindo o humor deprimido, o afeto negativo e os distúrbios de sono presentes.
Exemplos práticos de atividade física: Caminhada, corrida, dança, natação, ciclismo, musculação e pilates

Perturbações Bipolares
Alguns estudos mostram que pessoas que sofrem de doença bipolar tendem a cansar-se mais rapidamente durante a prática de atividade física moderada. Todavia, a prática de atividade física é recomendada nestas perturbações, na medida em que parece ter um impacto positivo ao nível do controlo das flutuações de humor, da redução do stress e dos sintomas depressivos e ansiosos.
Exemplos práticos de atividade física: Caminhada, Pilates e Ioga

Perturbações do Espectro da Esquizofrenia
Em algumas pessoas que sofrem destas perturbações, o treino aeróbico, combinado com o treino de força, tem contribuído para o aumento da sua capacidade funcional e bem-estar psicológico.
A prática de ioga e/ou Pilates, bem como a prática de treino aeróbico moderado têm-se mostrado opções interessantes para quem sofre de perturbações do espectro da esquizofrenia e outras perturbações psicóticas.
Exemplos práticos de atividade física: Caminhada, corrida, natação, dança, Pilates e Ioga

Concluindo, o exercício físico é sempre promotor de saúde física e psicológica, sendo que a prática de atividade física entre 30 a 40 minutos, 4 a 6 vezes por semana, equivale a tomar um antidepressivo ligeiro.
Vamos começar? 

Silvia Costa | Pilates